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Eu quase sou

Bom dia que se inicia para todos os números seis (vocês)! Parece educado dizer quem eu sou, mas de cara já lhes ofereço um convite para um espetáculo de erros. Entrem, escolham seus lugares e Sintam-se à vontade.

A poesia entrou na minha vida como uma forma de derramar tudo o que o meu peito gritava. Escrever sempre foi aliviante para mim e me parecia fácil escorrer no papel toda a dor que eu sentia a respeito da vida e do que ela me causava. Logo descobri prazer em meio a dor e no quanto pode soar bonito um coração que se sacode entre grades buscando ser livre. Então eu quase gostei de sofrer e isso quase me tornou alguém egoísta. Mas a existência do Quase me salvou e pude notar que a escrita era um refugio para almas poéticas, um lugar pra passar um tempo e suspirar, um espaço para ser quem eu sou e expor a minha ferida e a minha alegria, já que não sou só dor, sou eufórica, romântica e amante sem causa.

Escrever me permite ser qualquer pessoa, qualquer objeto, ou até mesmo ser aquele sonho impossível, que é ser sua. A escrita me permite falar sobre as minhas formas de amar, sem que eu precise deitar num divã.
Talvez seja por isso que eu respiro as palavras, ainda assim não espere muito de mim. Eu nunca fugi das aulas de Português, mas estava mais atenta naquele cara bonito que mexia com meu coração, do que ao professor, explicando, ou plantando bananeira. Sendo assim, teremos um banho de erros gramaticais, de impropriedade vocabular, erros de emprego de verbos, de regência verbal e mais. Peço perdão.

Aos seis (vocês) eu ofereço mais do que um convite para um espetáculo de erros, deixo também os meus ombros para quem quiser encostar. Só não segure minhas mãos se não quiser ficar. As minhas mãos dizem muito sobre mim, elas transformam tudo em texto, em toque, em adeus ou em torcida. Aplaudo, cruzo os dedos e pulso, como eu pulso, então seja gentil com elas.
Peço espaço para os meus textos, desejando que você se sinta na minha pele por apenas um segundo, como se dois corpos pudessem ocupar o mesmo espaço.. Só assim saberei que não estou sozinha.
Então, que aqui seja um lugar de encontro para corações inquietos, olhos famintos em busca da frase perfeita, da frase de efeito, da frase que faz a cabeça balançar dizendo ''SIM, é assim mesmo que me sinto'' ou ''Quase me sinto assim''.

Arrisco escrever para que um dia eu possa conquistar algo que o dinheiro não compra. Afinal, quanto vale a poesia? Poesia não se vende, anda solta por ai, rimando com fantasia, maresia, cortesia e travessia. Gosto de pensar que ainda estou me tornando quem sou, sendo assim, hoje quero ser quase-poeta. Mas de uma coisa tenho certeza...Sou um livro de capa dura, vermelho e com título azul-escuro em camurça...Preso dentro de uma caixa torácica.

Prazer,
sou quase a Bruna Nunes

2 comentários:

  1. "Mas a existência do Quase me salvou e pude notar que a escrita era um refugio para almas poéticas, um lugar pra passar um tempo e suspirar, um espaço para ser quem eu sou e expor a minha ferida e a minha alegria, já que não sou só dor, sou eufórica, romântica e amante sem causa."

    ^^
    Sabe aquelas coisas que a gente lê e pensa: fui eu quem escreveu isso hahaha

    pois é...fez sua primeira vítima! hahaha

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  2. Somos duas grandes vitimas my poetry! :)

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