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Apenas um sonho


Estava sentada em um belo parque em Nova York apreciando o pôr-do-sol, quando alguém se senta ao meu lado me envolvendo em seus braços.
–Eu ainda me lembro da primeira vez que te vi sentada aqui – ele sorriu e puxou meu rosto com carinho fazendo com que eu olhasse para ele – você estava sentada bem aqui, onde estamos, lendo o livro “Querido John”. Seus cachos compridos dançavam com o vento. Você se levantou e passou por mim com um tímido sorriso. Um sorriso que me deu esperança e fez com que eu viesse todos os dias ao parque para te ver, até que eu tive a coragem de falar com você – pude sentir uma lágrima cair – e mesmo relutando eu consegui te levar para sair e no outro dia, bem aqui, nós demos nosso primeiro beijo – com lágrimas e um sorriso no rosto ele continuou – passado um mês do nosso primeiro beijo, bem ali – ele apontava para uma árvore um pouco distante de nós – eu te pedi em namoro, você tinha um brilho no olhar e pela primeira vez você deixou seu medo de lado e aceitou o meu pedido sem hesitar. – ele tomou um ar, respirou e continuou – Mas agora eu tenho algo muito sério para te falar – ele se levantou e me puxou para que eu também me levantasse. Logo depois se ajoelhou, e com esse movimento muitas pessoas foram parando ao nosso redor.
–Caroline Gennari, aqui estamos eu e você, onde nos vimos pela primeira vez – ele tirou uma caixinha de veludo vermelha do bolso enquanto segurava uma das minhas mãos. Com um sorriso no rosto, e com olhos cheios de lágrimas ele começou – você aceita se casar comigo? Ser a mãe dos meus filhos? Ser a única em minha vida? E mesmo que a morte venha ainda estaremos lado a lado bem aqui, onde nosso amor nasceu.
Eu não tinha palavras para responder. Só conseguia ouvir as pessoas murmurando coisas como “que lindo”, “aceita logo”, “que sorte a dela” e então eu me levantei.
–Senhor Pedro Henrique – ele aparentava estar nervoso – como poderia eu não aceitar me casar com o homem que é o dono do meu coração? A única pessoa por quem eu dediquei os meus sentimentos mais sinceros sem ter medo do futuro. – e com o meu maior sorriso eu disse – Sim, eu aceito me casar com você – ele colocou o anel em meu dedo, logo em seguida me envolvendo em seus braços e selando nossos lábios em um beijo.
–Eu te amo meu Pê – sussurrei em seu ouvido.
–Eu te amo minha Gê – ele sussurou de volta.
Senti alguém me cutucar. Era minha amiga Sara. Eu me assustei e quando vi, tinha adormecido no parque, de novo.
–Carol, você tem que parar de vir aqui. Isso só vai te machucar – ela me ajudou a levantar e pegou as minhas coisas que estavam no chão.
–Eu sei Sah, mas eu simplesmente não consigo esquecer esse lugar – comecei a caminhar em direção ao parque junto a ela, quando eu o vi. Ele estava com uma mulher loira, alta, com uma bela aparência e estava usando um anel, o meu anel. Ele olhou para mim e uma lágrima caiu em meu rosto. Tudo não havia passado de um sonho.
Andressa Oliveira

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