“Mas
se você quiser alguém pra amar ainda...” cantarolou enquanto deitava por cima
de mim e me beijava lentamente.
“Mas
fica um pouco mais, que tal mais um café? Ainda lembra disso?” sorri.
Eduardo me observava como se estivesse apreciando cada centímetro do meu corpo, deitou
ao meu lado e com as pontas dos dedos passeando em meu corpo, sorria ao sentir
que estava me arrepiando, encostou sua cabeça do lado da minha e sussurrou em
meu ouvido “Você é um sonho bom que mudou o tom da minha vida comprida”.
Levantei
da cama, puxei ele pelas mãos.
“Aonde
vamos?” perguntou.
“Vamos
pro Rio comemorar o dia de São Ninguém” sorri.
Ele
ficou me olhando como se quisesse dizer “você não tem jeito”. Pegou uma mala
preta que estava em cima do guarda-roupa e colocou nossas roupas dentro.
“Você
realmente quer ir?” perguntei.
“Aonde
você quer estar, eu também quero”.
“Mas
você disse que não gostava do Rio...”
“Paola, você
quer ir ou não?”
“Eu
quero”
“Então
nós vamos”
Sentei
na beira da cama e fiquei pensando sobre os acontecimentos dos últimos dias,
estava tudo tão perfeito que me assustava, principalmente porque o medo do
depois me assombra. Eu não gostava de pensar sobre isso, mas era inevitável,
principalmente quando olho para ele e sinto que estamos sendo felizes, e
querendo ou não a felicidade é assustadora.
“Gosto
da solidão de São Paulo, mas se você gosta da alegria do Rio, nós iremos para
lá e ficaremos quantos dias você quiser.” Ele dizia enquanto abria a porta, e fazia
um gesto para que eu saísse primeiro.
"Para de ser bobo, pode ir na frente princesa.." disse sorrindo.
"Ok, mas eu arrasto a mala de bolinhas."
Sorrimos.
x-x-x-x
Continua...
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