“Enfim no Rio...” – sorri
ao sair do avião, respirar o ar daquele lugar me fazia encher os pulmões de
paz.
Eduardo já saiu do
aeroporto acendendo um cigarro e acabando com meu pequeno momento de respiração
profunda de felicidade. Comecei a tossir, e ele me olhou com olhar de “essa
indireta não funciona mais comigo”.
“Já chegou a hora de mudar
suas táticas viu mocinha?” ele falava enquanto olhava para os lados procurando
um taxi.
“Nos leve para o melhor
hotel daqui”, disse ele para o taxista, sorrindo e em seguida me beijando.
“Nós vamos à praia?” –
perguntei.
“Olha... Não é porque
estamos no Rio que vamos à praia.”
Abaixei a cabeça.
“Claro que vamos bobona” –
e me beijou.
Quando chegamos ao hotel,
Eduardo deitou na cama e dormiu. Não sei de onde aquele homem tirava tanto sono,
mas aproveitei que ele tinha ido descansar e fui procurar algo para comer no
restaurante do hotel. Todo o funcionário daquele lugar era educado, mas se mostravam
esnobes, puxa-sacos e tinham um ar indiferente de superioridade, o que é
absolutamente ridículo, pessoas que se acham além do que realmente são apenas
demonstram que são apenas pobres almas catando o lixo alheio de pessoas que me
desculpem o palavreado, cagam igual a
todo mundo.
Almocei e fui passear
pelas ruas ao redor do hotel e resolvi ir à praia, quando estava saindo de lá
coloquei os óculos escuros, observei ao redor e pensei “Nossa que saudade de
tudo isso”. Foi quando, um rapazinho que deveria ter dez anos no mínimo, passou
por mim correndo e puxando minha bolsa, ninguém ao redor se preocupou em me
ajudar, apenas um homem que saiu correndo atrás do menino. Fui atrás deles, mas
perdi os dois de vista, resolvi voltar para o hotel quando cheguei o mesmo
homem estava na recepção.
“Aqui está sua bolsa!”
disse ele me entregando, olhei para aquele homem, ele era um pouco mais alto
que eu, loiro, tinha uma barba de cor avermelhada e falava com um ar de
gentileza, era encantador.
“Muito obrigada!” peguei a
bolsa, abrir a carteira e ofereci dinheiro para ele.
“Não moça, ajudei por
prazer, não se preocupe e cuidado da próxima vez, não se distraía de novo.”
Eu sorrir, ele beijou
minhas mãos e sumiu de minha vista. Esqueci-me daquele homem, e subi para o
quarto.
“Onde você estava que não
me atendia?” falou Eduardo preocupado.
“Longa história, mas não
se preocupe eu estou bem amor. Fui roubada e...”
“Como assim? Você foi
roubada? Te machucaram?” falou enquanto me tocava para saber se eu estava com
algum arranhão.
“Não se preocupe, apareceu
um homem lá e correu atrás do garotinho e conseguiu pegar minha bolsa de
volta.”
“Ainda bem que nada te
ocorreu meu amor. Não saia mais daqui sem me avisar viu? É perigoso andar
sozinha.” E beijou minha testa.
“Vou tomar banho, quer ir
comigo?” ele perguntou, enquanto me oferecia uma toalha.
Sorrir e entrei no
banheiro com ele.
x-x-x
Continua.
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