Era tarde da noite, e eu ainda
estava perdida em um aeroporto desconhecido. A bateria do celular estava se
esgotando, e a fila do táxi parecia interminável, mas algo dizia que aquilo
valeria a pena. Ou não.
Eu não o conhecia, mas ao ir de
encontro aos seus olhos foi como se ele sempre estivesse presente na minha
vida. Eu não sabia seu nome, mas sabia que algum tempo na minha mente ele
permaneceria.
Um dia, dois dias, três dias.
Deus! Me dá algum sinal.
O cavalheirismo era interminável,
e o grande sorriso também. “Deve estar apenas sendo educado”, minha mente
dizia. Mas uma pequena voz falava: espera.
Eu não gosto muito de esperar.
Esperar mensagem, esperar telefonema, esperar e-mail, esperar, esperar,
esperar. Eu gosto das coisas claras, mas dessa vez eu não me incomodei.
O quarto dia chegou, e era hora
de dizer adeus, e voltar aonde tudo começou.
Era logo cedo, e eu estava
prestes a me perder em outro aeroporto desconhecido. A bateria do celular
estava completa, e dessa vez, não havia táxi nenhum. Com um longo abraço, e um
cafuné eu recebi um “até logo”, e foi quando eu percebi, que no final, valeu a
pena. Ou não.
Andressa Oliveira
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